segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Carta Pelo Meio Ambiente











         
 Durante a I Semana pelo Meio Ambiente realizada entre os dias 5 a 9 de agosto de 2013, visitamos alguns pontos importantes do nosso município, a saber, Ribeiro, Pereira, Pecuara, Pedreira (atual Lixão), Antigo Lixão, Loteamento dos Coqueiros, Fazenda Igrejinha. Durante estas visitas alunos e professores ficaram chocados com os problemas ambientais encontrados nestas localidades.

A escola tem a função de formar cidadãos críticos e participativos na sociedade, partindo deste pressuposto os alunos foram orientados a construir uma Carta pelo Meio Ambiente dirigida aos Vereadores e Prefeito do município de Crisópolis-BA para que sejam tomadas as devidas providências com relação a situação sinalizadas durante as visitas. Segue abaixo a carta dos alunos dos turnos matutino e vespertino.

CARTA PELO MEIO AMBIENTE


Excelentíssimo Sr. Prefeito,
Ilustríssimos Vereadores,

Neste mês de agosto, nossa escola realizou a I Semana pelo Meio Ambiente, a fim de participar da IV CNIJMA – Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Nessa oportunidade, para conhecer melhor a nossa realidade ambiental, visitamos os pontos mais importantes do município e pudemos perceber que temos um grande problema a resolver para melhorar a vida em nossa cidade.
Por isso estamos aqui, os alunos da Escola Municipal Prof. Edgard Santos, para relatar a situação ambiental observada em Crisópolis:
Logo na saída da escola, encontramos na praça principal da cidade – Praça Antônio Conselheiro – muitos pássaros presos em gaiolas, e como estudantes que somos, temos conhecimento de que aprisionar animais silvestres é um grave crime ambiental.
Visitamos a Pecuara, que dá acesso à Igrejinha. Os moradores antigos da região contam que a Pecuara já foi local aonde as pessoas iam para lavar, tomar banho e pescar para se divertir, porém a nossa geração só conhece esse lugar na imaginação! Nesse espaço que já foi lindo, encontramos muita poluição e quase nenhuma água. Lá são jogados sacos plásticos, sapatos velhos, garrafas e até fezes.
As fontes de Ribeiro e Pereira precisam urgentemente de limpeza. No Ribeiro, para nossa surpresa, encontramos a mata depredada e a água poluída. Dentro da fonte havia chinelos, garrafas e outros objetos. Já na mata, além de lixo como garrafas pet e de água sanitária, observamos várias árvores derrubadas. O Ribeiro era um local onde a comunidade pegava água para lavar roupa, cozinhar, tomar banho, e hoje sabemos que há muitas pessoas que ainda dependem dessa fonte de água, mesmo que contaminada. Quanto ao Pereira, que também já foi espaço para banho, lazer e contemplação, hoje serve de espaço para banho de carros e animais, tornando o espaço impróprio para uma simples visitação.
É importante lembrar que o Ribeiro e o Pereira foram fundamentais para o abastecimento de água da população durante o longo período de seca que o nosso município enfrentou. Foi desses dois locais que carros pipas retiraram milhares de litros de água e venderam a agricultores e pecuaristas da nossa região. Agora surge o seguinte questionamento: se não houver ações de revitalização dessas fontes de água, como enfrentaremos um novo período de estiagem?  
Visitamos a Pedreira, que atualmente funciona como Lixão, e vimos que há homens catadores de lixo trabalhando sem nenhuma proteção, correndo grande risco de pegar sérias doenças. Vimos também que não há reciclagem dos materiais depositados lá e que bem perto há plantações de milho, que podem ser contaminadas, o que demonstra que a atividade do cuidado do lixo precisa ser o quanto antes regulamentada em nosso município.
O antigo lixão ainda requer cuidados, pois mesmo depois de ter crescido a vegetação, os moradores – habituados à antiga situação – ainda jogam lixo no local. Acerca disso, gostaríamos de saber se há algum projeto da Secretaria de Meio Ambiente para recuperação desta área.
No Loteamento dos Coqueiros, na Avenida Luiz Eduardo Magalhães, a situação está precária: além de não ter lugar adequado para coleta do lixo, as crianças e demais moradores de lá convivem com esgoto a céu aberto, podendo contrair doenças que podem até causar morte.
Quanto ao Centro, a situação em vários pontos de nossa cidade é preocupante, pois não há lixeiras suficientes e o lixo está se expandindo, atraindo insetos e podendo transformar-se em doenças, prejudicando o solo e as fontes de água, entupindo bueiros e alagando a cidade até em momentos de pequenas chuvas. O fato da população não ter uma consciência ecológica e jogar lixo nas ruas, praças e vias públicas a nossa cidade fica com uma aparência feia e suja.
Acreditamos que a situação ambiental da nossa cidade poderia melhorar, e trazemos algumas ideias para contribuir com isso.
Para reduzir o lixo nas ruas, sugerimos colocar lixeiras indicando o tipo de lixo que deve ser colocado em cada uma, para que possa ser feita a devida separação do material coletado (papel, plástico, vidro, metal e orgânico).
Além disso, sugerimos que os materiais recicláveis coletados sejam encaminhados para uma empresa de reciclagem e os restos de vegetais sejam aproveitados para a produção de adubo orgânico, que pode ser vendido e revertido em recurso financeiro para as escolas.
Solicitamos também que seja dada maior atenção às condições dos funcionários que trabalham na coleta do lixo, pois muitos deles trabalham sem luvas, máscaras e outas formas de proteção adequadas, podendo contrair várias doenças.
Precisamos de uma ajuda especial para conseguir que a população de Crisópolis aprenda a cuidar da nossa terra, que é um dos bens mais valiosos que temos. Assim, consideramos ainda ser indispensável uma ação educativa ambiental a ser realizada entre todos os cidadãos crisopolenses, pois apenas a educação é capaz de transformar as mentalidades e os hábitos da sociedade.
Desse modo, solicitamos ainda que sejam acionados os órgãos competentes para um trabalho ambiental efetivo, capaz de solucionar ou quando não for possível, minimizar ao máximo esses problemas que podem ser facilmente observados em todo o município.
Entendemos que é nosso compromisso cuidar e preservar o que é nosso. Por isso, lançamos as sementes e contamos com a vossa colaboração para podermos melhorar a saúde ambiental de nossa cidade, contribuindo para a qualidade de vida e o bem-estar de todos os crisopolenses e para a sustentação ambiental do nosso planeta.

Desde já, muitíssimo obrigado,

Escola Municipal Prof. Professor Edgard Santos



CARTA PELO MEIO AMBIENTE

Excelentíssimo Sr. Prefeito,
Ilustríssimos Vereadores,

Nós, alunos da Escola Municipal Professor Edgard Santos, do turno vespertino, estamos aqui, representando todos os nossos colegas.

Engajamo-nos na I Semana pelo Meio Ambiente, idealizada pela nossa escola como etapa preparatória para a I Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente, e através desta foi possível realizar alguns levantamentos do meio ambiente e da água no município de Crisópolis.

Visitamos o Ribeiro e o Pereira, mas infelizmente, o que vimos foi degradação, desmatamento da mata ciliar, poluição das águas, depósito de fezes, de vidro e muita sujeira. Outro local que precisa de muita atenção é a Pedreira, que atualmente funciona como Lixão. Lá, encontramos uma paisagem modificada pelo acúmulo de lixo e sacolas plásticas que foram disseminadas nas propriedades locais, causando preocupação para os produtores e criadores de animais. Além disso, detectamos que as pessoas que trabalham catando lixo, manipulam resíduos sólidos no local sem nenhum equipamento de segurança.

Ressaltamos ainda, que no Povoado de Igrejinha, as pessoas tomam água salobra e para agravar o problema da comunidade, o abastecimento não é feito todo dia. Há nessa localidade as cisternas implantadas pelo governo do estado em parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), porém alguns moradores não fazem corretamente a limpeza das mesmas, usam cloro e filtro nos canos, entretanto será que esse procedimento é suficiente e adequado para evitar doenças causadas por água contaminada?

Senhores, estamos preocupados! Nossos recursos hídricos são escassos. Não temos florestas! Com tantos problemas sinalizados por nós, e, em tão pouco tempo, é claro e evidente que o Poder Público não tem se esforçado em amenizar e/ou resolver os problemas ambientais do nosso município, uma vez que não há uma política pública direcionada ao combate desta problemática. Porém se nada for feito, pagaremos um preço muito alto e irreparável. Em pleno século 21 e com tantas conferências ambientais acontecendo em todo mundo não podemos ficar parados achando que estamos a salvo dos males que estão sendo evidenciados a todo instante: falta d´água, seca, aumento de temperatura e falta de alimento.

É preciso que a população local, tome ciência dessa situação e seja antes de tudo, conscientizada dos problemas ambientais do município de Crisópolis. Precisamos mudar de atitude! Como podemos fazer isso?

A prefeitura em parceria com todas as comunidades podem resolver em longo prazo esses problemas: Conscientizar a população sobre o uso adequado da água; Revitalizar a fonte do Ribeiro e do Pereira, e criar mecanismos de controle e monitoramento destas áreas contribuindo para a preservação do meio ambiente; Fazer a coleta seletiva do lixo e implantar empresa de reciclagem para o reaproveitamento do lixo e geração de emprego e renda para os munícipes, convertendo o dinheiro em prol de programas ambientais do município; Elaboração de projetos ambientais em parceria com as escolas e com as secretarias local e estadual; Revitalizar as margens do Rio Itapicuru com a colaboração dos proprietários daquela região; Implantar programas em parceria com a Secretaria de Saúde e Embasa para o tratamento da água usada para o consumo nas comunidades rurais; Instalar mais lixeiras nos locais de maior acesso da população nos locais urbanos; Conscientizar a população através de programas de rádios e outros veículos de comunicação; Reflorestar áreas degradadas do muncípio;

Precisamos entender que uma gota d’água é a esperança do planeta Terra!


Crisópolis-BA, 26 de agosto de 2013.

Escola Municipal Professor Edgard Santos
 

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